De modo geral, o ser humano sofre processos discriminatórios e preconceituosos em várias esferas de sua vida: em âmbito familiar, na esfera de trabalho ou na sociedade como um todo. Esses processos são caracterizados por marcas corporais ou de personalidades presentes no indivíduo. De modo mais particular, persona negra “arrasta” essas marcas há séculos. Na nossa sociedade, homens e mulheres negros ainda são constantemente marcados pela cor de sua pele. Por outro lado, uma perspectiva histórica aponta homens e mulheres negros bem-sucedidos, que espelham as novas gerações, mostrando a personalidade que ultrapassa o viés da cor da pele e se direciona para a competência arraigada de cada um deles.
Na modernidade, é comum se ouvir a expressão “empoderamento”, tornando o uso do termo livre em diversos contextos. Esse termo caracteriza “aquele ou aquele que tem poder”. No entanto, essa definição não se relaciona com soberba ou superioridade de um ser humano sobre o outro, pelo contrário, esse conceito evidencia um movimento de emancipação individual. Isso é percebido em posições ou cargos de destaques ocupados por homens negros e por mulheres negras na nossa sociedade e em âmbito mundial.
Diante do processo de empoderamento negro, observando-se a inserção de homens negros e de mulheres negras em profissões anteriormente rechaçadas pela cor de suas peles, notando-se, ainda, o crescimento de negros evidenciando seus cabelos e seus corpos, ainda há desigualdade em comparação a pessoas de etnias privilegiadas pela sociedade no percurso histórico. Essa desigualdade se refere a salários mais baixos para ocupantes do mesmo cargo que pessoas brancas, por exemplo ou, até mesmo, a recusa nos espaços sociais. Em relação a mulheres negras, essa problemática é ainda mais notável negativamente, tendo-se em vista que o enfrentamento discriminatório é duplicado pelo gênero.
Desse modo, cabe ao ambiente escolar promover debates e disseminação de ideias que ajudem a sanar as questões voltadas para os problemas dos negros na nossa sociedade. Partindo-se de um lugar de inclusão, dando vozes aos alunos e as alunas negras, dialogando-se conjuntamente com toda comunidade escolar, incluindo-se alunos de todas as cores de pele, são algumas das medidas capazes de formar o cidadão. Isso pode melhorar a percepção desses jovens no meio que ocuparão no futuro.
Sabendo do contexto social descrito, alunos e alunas negros na orientação do professor de História da Erem Professor José Mendes da cidade de Timbaúba-PE participam de ensaio fotográfico intitulado “Empoderamento da mulher negra e do homem negro no posicionamento de equidade”.
No momento, agradecemos ao fotográfico Jonathan da Silva da cidade de Timbaúba-PE e a loja Etiqueta da cidade de Timbaúba-PE pela parceria com a Unidade de Ensino, abraçando a ideia.