Há 135 anos, por meio da assinatura da Lei Áurea, alguns desabonos da época, sofridos pelos negros da sociedade brasileira, pareciam ter chegado ao fim. A forma de tratamento de uma sociedade claramente preconceituosa continuou sendo exercida do mesmo modo, partindo para a diferença de que os negros não eram mais rotulados como escravos.
Na sociedade atual, parece também que todos os problemas daquela época foram superados, no entanto, os relatos pessoais de alunos da EREM Professor José Mendes da cidade de Timbaúba-PE em uma atividade realizada pelo Professor Adilson Mariano, podem ratificar que marcas da escravidão ainda perseguem os pretos no seu cotidiano.
Os referidos relatos tratam de situações racistas de pessoas externas ao meio escolar e também de colegas dentro da comunidade da própria escola. Afinal, é um claro exemplo de racismo a negação da realização de um trabalho com outro colega de classe pela cor da sua pele. Comentários depreciativos sobre estilo de cabelo, gostos musicais ou até mesmo sonhos de alunos negros, por exemplo, não podem mais ser tolerados. É importante salientar, que esses alunos ao sofrerem racismo, conseguem falar sobre isso com propriedade, disseminando mais a reflexão sobre a temática. Assume-se, assim, o real papel da escola, que é o de formar o aluno para a vida como cidadão responsável para a convivência no meio social de forma crítica, dentro do respeito e do diálogo.
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